A Capital do Sacro Império Romano-Germânico

Faz hoje uma semana que voltámos de Espanha.
Pena, não me importava de ter ficado mais tempo por terras dos nuestros hermanos...

Foi engraçado voltar às terras de Carlos V. Sobretudo porque fui com um grupo de Erasmus (ligeiramente) mais novos que eu, e não como turista "tanso" com a familia toda atrás.

Mais, depois do Salto...

Sexta feira à noite, depois de alguns precalços com o Ibiza alugado e de meia-hora à espera pelo Escovinha, lá estávamos na Alameda a carregar a minha Boogie-Van, mais a Vito e o Punto de substituição, e a ver quem vinha na viagem ou não.
Devo dizer que fiquei surpreendido com eles; apesar de já conhecer alguns, fiquei com fraca impressão do grupo, algo que mais tarde se veio a revelar totalmente sem fundamento.

No nosso itenerário estava previsto saírmos às 11 da noite, por isso quase às 2 da manhã lá nos pusemos a caminho para a ponte, comigo a liderar pela primeira vez um "comboio" de estrada...

Viagem que se faz bem. Aconselho, pelas paisagens e bodegas do caminho, e as aventuras de encontrar estações de serviço fora das Autovias.
Simplesmente não façam como o nosso grupo de idiotas, que viajámos durante a noite! Com tanto nevoeiro, e tão denso, que por alturas me senti a pilotar um submarino e não uma carrinha.

Enfim, levados à porta do Cat's Hostel pelo GPS às 10:30CET (depois de um pequeno-almoço improvisado nos jardins do Palácio Real), o nosso grupo só teve de esperar mais duas horas enquanto batalhámos("-ram", que eu parei à porta!) para estacionar as carrinhas, e descobrir que no centro de Madrid uma hora de parquimetro custa uns obscenos €2,10, e um dia de parque vos deixará €28 mais leves.

Mas enfim, Madrid continuava no mesmo sitio, capital digna de um império, onde a classe e o espírito cosmopolita salta imediatamente à vista, enquanto se passeia pelas Plazas e Calles.

Óptimo também andar a comer todas as porcarias e mais uma que já não se encontram facilmente cá no burgo, como bocadillos e torresmos a sério, e finalmente sair à noite madrilena, a ver o que valia.

Duas noites de festa, muitos quilómetros palmilhados de maneira "verde" (às custas do melhor etanol!), e muitas fotos depois, hora de fazer o check-out e rumar a Toledo.

Finalmente o grupo pôde ver a bonita paisagem da Estremadura castelhana, e tudo em Toledo foi mais simples que Madrid. De novo se comeu bem, o comércio local, baseado na longa história bélica da cidade, mostrava as suas "pérolas" com dezenas de artífices dos melhores aços a nivel mundial.
Desventuras à parte com as guias da junta de turismo, lá chegámos ao ultimo jantar, que graças aos Céus não foi paella.

A viagem de volta foi das melhores partes, pois tirando a directa a que nos obrigou, levou-nos a sitios bem mais interessantes, como bodegas em Badajoz, passagem estratégica ao lado do centro histórico de Évora, e bifanas em Vendas-Novas. (O Raínha estava fechado, o que foi lamentável...)